TRAJEDY – TRAJEDIA in the Peruvian Amazon – Ashaninka Leaders Assassinated

a-Contenido informativo propioTRAJEDY - TRAJEDIA in the Peruvian Amazon - Ashaninka Leaders Assassinated

NOTA DE PESAR SOBRE O ASSASSINATO DE LIDERANÇAS ASHANINKA PERUANAS
OCORRIDA NA FRONTEIRA ACRE-UCAYALI

Nesse momento de grande tristeza, a Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-AC) e a Associação Ashaninka do Rio Amônia – APIWTXA, se solidarizam com os membros da Comunidade Nativa Alto Tamaya – Saweto do povo Ashaninka, pela perda de Edwin Chota Valera e outras lideranças ashaninka como Leoncio Quinticima Melendez, Jorge Rios Perez e Francisco Pinedo, assassinados na segunda-feira (01 de setembro) quando se deslocavam pela floresta em direção a aldeia Apiwtxa, localizada em território brasileiro. A comitiva participaria de uma reunião com as lideranças ashaninka brasileiras para discussão de estratégias de continuidade de ações de vigilância e fiscalização da fronteiriça, impedindo assim a ação de madeireiras, que exploram ilegalmente a região e,a ação de narcotraficantes. Essa terrível notícia foi divulgada por radiofonia, dias depois do ocorrido, quando do retorno do restante dos integrantes a aldeia de partida – Saweto, dadas as dificuldades de comunicação.

A situação de insegurança das comunidades ashaninka e de outros povos indígenas dessa região de fronteira tem sido agravada após a mobilização de esforços conjuntos entre suas lideranças para deter as investidas desses grupos criminosos sobre os seus territórios, mobilizando esforços e parcerias com outras organizações indígenas e da sociedade civil em Ucayali e Acre. (ver: www.observatoriodafronteira.org.br)

Esperamos que o Estado peruano apure imediatamente este caso, com rigor, e não deixe se instalar a impunidade, como observado em casos anteriores, de crimes contra os direitos indígenas. Reafirmamos também a necessidade, diversas vezes já expressa, que os governos do Acre e federal respondam as demandas de fiscalização da fronteira, com ações mais contínuas, apoiando as comunidades indígenas que nela habitam e que continuam como atores solitários da defesa do território brasileiro.

Rio Branco, Acre, 07 de setembro de 2014.